Vamos ao Cinema? Jogador Número 1

Se você acompanha o blog deve ter lido que Jogador Número 1 figurava entre as minhas leituras em andamento do post anterior! Mas, me rendi a curiosidade de ir ao cinema com o Re conferir a adaptação, um passeio que decidimos meio que repentinamente!

Estando com a leitura (ou pelo menos, grande parte dela) tão fresquinha na minha cabeça já era de se esperar que o meu cérebro fosse fazer muitas comparações entre a obra original e a adaptação. Pelo que eu li até o momento, houveram sim muitas mudanças, tanto na parte das referências a cultura dos anos 80, quanto em relação ao universo em geral.

Uma mudança que achei necessária para dar mais vida a adaptação e ao mesmo tempo, não fez muito sentido pra mim, é a maneira com que os usuários controlam os seus avatares no OASIS. No livro tudo era feito com um controle de mão ao passo que no filme os jogadores precisam de fato simular todo o movimento, andando, correndo, pulando e assim por diante. Como você andaria no mundo real caótico estando na OASIS? Não iria bater em um poste ou cair em um buraco qualquer no chão? Enfim, achei esse contexto um pouco estranho, mas vamos seguir em frente haha!

Sobre a história

Jogador numero 1 resenha do filme

Em 2044, Wade Watts, assim como o resto da humanidade, prefere a realidade virtual do jogo OASIS ao mundo real. Quando o criador do jogo, o excêntrico James Halliday morre, os jogadores devem descobrir a chave de um quebra-cabeça diabólico para conquistar sua fortuna inestimável. Para vencer, porém, Watts tem de abandonar a existência virtual e ceder a uma vida de amor e realidade da qual sempre tentou fugir.

Jogador Número 1 | Comparação entre livro e filme

Jogador numero 1 resenha do filme

A experiência de ver o filme na tela do cinema foi muito bacana, principalmente pelo apelo visual que a obra apresenta. Criar um universo onde tudo é possível, inserir os personagens no mundo dos games, acrescentar referencias de entretenimento e cultura pop dos anos 80, criar avatares de diferentes naturezas, muitas vezes, me fez pensar que eu estava assistindo a um filme, exclusivamente de animação em CG.

A atuação dos atores, fica restrita ao mundo real do filme, um lugar desolador e de pouca esperança. Apesar de ter contextualizado e ambientado o background da história, achei que no livro a situação era um pouco mais desoladora e opressiva.  As pessoas pareciam se encontrar muito mais tristes, sem esperança, evitando ao máximo o contato cara a cara, acho que o clima na adaptação foi um tanto mais leve.

Jogador numero 1 resenha do filme

Aliás, o filme transforma em algo mais animado e vivo, grande parte das situações que o livro apresenta. Nesse contexto, a obra de Ernest Cline é mais pé no chão e muitas vezes se assemelha ao mundo virtual (Internet) que hoje conhecemos. Há fóruns, arquivos de texto para ler, blogs, portais de notícias, chats e outras coisas que conhecemos do nosso dia a dia digital, Spielberg deixou tudo mais interativo, mais longe da realidade que conhecemos, mas acho que isso já era algo a se esperar.

Com relação ao mar de referências que encontramos pelas páginas de Jogador Número 1, acho que o filme ficou  mais focado ao mundo dos vídeo games. Tenho certeza que elas foram escolhidas a dedo, tanto para que o público pudesse se identificar e reconhecer mais facilmente as referencias, tanto na questão de direitos autorais e royalties.

Assista ao trailer

Jogador Número 1 não é um filme que lhe trará grandes reflexões, há uma tentativa de passar a tal “moral da história” no final, mas achei uma mensagem um pouco forçada e clichê demais. Trata-se de uma obra de puro entretenimento, algumas tiradas de humor, um filme divertido pra você assistir no fim da tarde de um domingo, sabe?

Dá pra se distrair um bocado e ainda captar algumas referências legais inseridas na história. Vocês pretender assistir Jogador Número 1 no cinema?

Classificação do livro: 4 estrelas

Título: Jogador Número 1 | Gênero: Ação, Aventura, Ficção Científica | Ano: 2018 | Direção: Steven Spielberg

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