O futuro da Turma da Mônica ou pelo menos o futuro dos dois personagens centrais da trama, Mônica e Cebolinha, pode ser conferido na edição comemorativa de numero 50 da Turma da Mônica Jovem, lançada no fim de Setembro.
Acompanhando alguns volumes não tão frequentemente, me espantei quando soube que os personagens seriam retratados em sua forma adulta, mas essa edição não caracterizava na verdade, o fim da fase dos personagens adolescente e sim um vislumbre do futuro do casal. A história acontece quando Ângelo (Anjinho) e o cupido Theobaldo (Miopinho) resolvem consultar o futuro para verificar se o relacionamento conturbado (todos sabemos) da Mônica e do Cebolinha iria progredir positivamente ou se alguma medida deveria ser tomada pelo Cupido, o responsável por “flechar” o casal quando esses ainda eram crianças travessas.
A história progride então num ritmo bem entediante. Da forma com que foi escrita poderia muito bem estar falando do futuro de um casal desinteressante qualquer. Por vezes me sentia dentro de uma novela do “Manuel Carlos”, retratando o cotidiano dos personagens.
Já vi com certeza edições anteriores muito mais elaboradas, que prendiam a atenção do leitor proporcionando alguma diversão. Me pergunto por que não realizaram uma edição dupla, colocando um pouco de ação, quem sabe, algum inimigo na história tornando- a mais complexa, ao invés de apenas mostrar fragmentos de situações vividas pelo casal futuramente.
Para mim, essa tão divulgada “Edição Histórica” serviu apenas para revelar que o futuro da turminha que sempre acompanhamos está fadado a ser um futuro tipicamente adulto se assim eu posso dizer, onde a imaginação simplesmente perdeu lugar para todas as responsabilidades que os adultos “reais” possuem. É frustrante pensar que a imaginação assim como na vida real, ficou atribuída somente ao mundo infantil.
A forma clássica da turma do Maurício de Sousa a meu ver, é insuperável. Melhor imaginar que os personagens continuam tendo seus 6, 7 anos de idade, imagina- los casados, é perturbador demais pra minha cabeça. Prefiro muito mais quando as histórias acabavam assim:
#ProntoFalei