“Acho que todo mundo poderia ter a chance de se tornar invisível alguma vez, assim, poderíamos ficar longe de questionamentos de “quem realmente importa” e de “quem não tem nada a ver com a nossa história” ou sequer lembrava-se da nossa existência antes de surgir uma situação inusitada.
É muito fácil quando as pessoas só se esforçam em ver um único lado da moeda, enquanto que a única coisa a ser valorizada são as aparências, convenções sociais e sorrisos em álbuns de festas de casamento.
Gostaria de gritar para todo mundo um monte de verdades, mas apenas me limito a olhá-las com educação e dizer-lhes algumas palavras secas quando estão tentando me convencer do que eu devo ou não fazer para agradar aos outros.
Mas, diferente do meu instinto antissocial de querer sair correndo para a caverna e nunca mais sair de lá até que não reste mais ninguém a minha porta, eu não vou me envergonhar das minhas decisões e tentarei rir quando vierem me perguntar o porquê disso ou o porquê daquilo, ou de imaginá-las debatendo sobre a minha vida enquanto procuro me manter firme nas minhas escolhas e encarar as possíveis consequências.
Pois sim, gostaria de passar despercebida por pessoas inconvenientes e me tornar por um tempo apenas uma criatura solitária que caminha sozinha pela estrada da vida longe de quem só está ali para te apontar o dedo, mesmo que isso seja feito de modo indireto.”
Depois desse desabafo, talvez fique mais fácil entender porque não tive ânimo para dar continuidade aos posts aqui do blog. Quando falta inspiração e sobram situações desagradáveis, fica difícil escrever e compartilhar coisas boas, mas, espero que aos poucos as coisas se normalizem e eu possa voltar a colorir algumas nuvens por aqui…