Após tanto tempo adiando escrever sobre as Séries de TV que venho assistindo resolvi escolher a adaptação britânica dos livros de Sir Arthur Conan Doyle, para esse post de estreia.
“Sherlock” se passa nos dias atuais e retrata a vida do detetive Sherlock Holmes interpretado por Benedict Cumberbatch ao lado de Dr. John Watson (Martin Freeman).
Em suas cenas iniciais já fica bem esclarecido que o protagonista da série, assim como acontece nos livros, é realmente Watson. É a partir de seu ponto de vista que a história de desenvolve, deixando Holmes como personagem secundário porém mantendo todo o destaque que o personagem deve ter.
Nessa adaptação Dr. Watson é um médico ex-soldado que foi atingido em combate na guerra do Afeganistão. Mancando de uma das pernas e tendo que passar por tratamento psicológico seu primeiro encontro com Sherlock Holmes ocorre em sua busca por um companheiro de quarto. Exibindo toda sua capacidade de dedução lógica que beira a adivinhação, o detetive logo assusta o recém-conhecido e na mesma proporção desperta um sentimento quase incontrolável de admiração e curiosidade.
Martin Freeman como Dr. Watson
Uma vez que o ex-soldado não conseguia se adaptar a vida totalmente pacata que deveria enfrentar após ter presenciado os horrores da guerra, é de maneira quase natural que Watson passa a ser o assistente de Holmes auxiliando-o na investigação de crimes com suas habilidades médicas.
Muito bem representado por sua postura aparentemente inabalável e demonstrando tamanha satisfação por cada detalhe descoberto em suas investigações criminais, o detetive deixa o espectador participar do mistério que desafia os nossos sentidos, sendo pário somente para a sagacidade de Sherlock.
Diferente do que temia, ver o personagem Sherlock Holmes sendo interpretado por alguém que não fosse Robert Downey Jr. não me causou entranhamento algum. Eu que realmente gostei do primeiro filme da versão Hollywoodiana da história e desgostei completamente com o rumo tomado pelo segundo filme, achei que o ar britânico conferido a série nessa nova releitura, proporcionou muita qualidade para os episódios que ao longo de seus aproximadamente 90 minutos conseguiram manter um ritmo bem legal prendendo a atenção e o entusiasmo de seus espectadores.
Benedict Cumberbatch como Sherlock Holmes
Os recursos tecnológicos que dispomos atualmente não foram capazes de interferir na essência investigativa da série. Telefone celulares, câmeras de segurança, GPS, computadores e Internet foram incorporados como elementos para auxiliar nas investigações, atuando de maneira a não tornar a trama previsível.
A série tem temporadas bem curtas compostas por 3 episódios apenas. A escassez porém é compensada pela qualidade das filmagens que adquirem um ritmo e tomadas quase cinematográficos. A cada episódio conseguimos descobrir uma nova peculiaridade e característica do perfil de seus personagens.
“Sherlock” foi lançado em 2010 e está partindo para a sua terceira temporada. As gravações que se iniciaram em março deste ano deverá ir ao ar no final de 2013 ou inicio de 2014.
Eu que só descobri a série recentemente com certeza pretendo continuar a acompanhá-la, e quem sabe fazer mais alguns posts conforme vou transitando por suas temporadas ;)