Frozen: Uma aventura Congelante conta a história das duas princesas do reino de Arendelle. A mais velha das irmãs, Elsa, nasceu com a capacidade especial de criar gelo, um poder que poderia ser um dom ou a sua condenação. Por meio de muitas canções conhecemos a infância das irmãs que acabam fatalmente separadas quando o poder de Elsa torna-se gradativamente, incontrolável passando a representar um grande perigo não somente para a pequena Anna, mas sim para toda sociedade.
Os portões do castelo são fechados, luvas são dadas a Elsa para conter a magia em suas mãos que insiste em congelar tudo que a toca e o isolamento é a única solução encontrada para manter em segredo sua capacidade especial.
O congelamento de todo o reino acontece de maneira acidental e nas montanhas geladas Elsa encontra na fuga, a falsa sensação de liberdade, longe de rótulos ou regras impostas, que a proibiam de ser quem realmente é.
Anna destaca-se com sua postura impetuosa e mesmo com a carência afetiva proporcionada por anos de pouca ou nenhuma interação humana, não se contenta em esperar que algum herói resolva a situação por ela, e parte sem hesitar em uma busca pela irmã, encarando os desafios dos cenários gelados do reino condenado ao inverno eterno.
Outros personagens juntam-se a aventura. O valente homem das montanhas Kristoff é o principal aliado da garota na difícil missão de encontrar o castelo de gelo onde se refugia Elsa.
O longa possui um tom melancólico, mas o alívio cômico fica por conta do boneco de neve Olaf e de Sven, a rena com personalidade de cachorro. A relação do grupo é bem construída, contribuindo para o desenvolvimento bem sucedido da história e preparando o espectador para as reviravoltas do final.
A direção de arte fez um ótimo trabalho. A fotografia do filme é impecável. O poder de Elsa possibilitou a criação de efeitos fantásticos e belos trazendo para a sala de cinema uma explosão gelada capaz de enganar nossos sentidos e nos fazer sentir fisicamente um pouco do frio e da neve incessante.
A Disney resgatou todo o espírito dos seus contos de fadas mais clássicos, mas mesmo assim, conseguiu inovar e surpreender com um final que questiona e critica os grandes amores que surgem em apenas um dia e insere numa história de princesas personagens incorretos e imperfeitos. Nada é absurdamente diferente da linha de filme já produzidos pelo estúdio, mas é nos pequenos detalhes que Frozen torna-se especial e marcante.