Resenha do Livro: Coisas Frágeis de Neil Gaiman

coisas frágeis capa

No final de junho fiz a escolha de alguns livros e HQs que gostaria de ler pelos próximos meses. Até o momento estou cumprindo lentamente essa meta, mas agora resolvi “trapacear” e iniciei a leitura de Coisas Frágeis um livro de contos do Neil Gaiman que oficialmente, não constava nessa lista.

O autor é conhecido internacionalmente por produzir diversas obras literárias como livros, contos e Graphics novels, dentre elas as mais famosas Coraline, Sandman e Deuses Americanos.

Em Coisas Frágeis Gaiman reuniu uma coletânea de histórias que une a fantasia a realidade e abordam diversos aspectos da vida sempre acrescentando um clima sombrio e misterioso que facilmente prende a nossa atenção e interesse.

A obra completa foi dividida em dois volumes e a primeira edição possui nove contos, muitos deles premiados. Algumas das histórias fazem referencia as obras de diferentes autores passando pelo universo de Sherlock Holmes, Matrix, As Crônicas de Nárnia e até mesmo, Deuses Americanos um dos livros mais famosos de Gaiman.

coisas frágeis

Nesse post irei destacar os contos que mais me agradaram, começando pelo meu preferido “A vez de Outubro”. Nele, os meses do ano estão reunidos com o objetivo de contar algumas histórias e quando finalmente chega a vez de outubro se pronunciar conhecemos a trajetória de Nanico, um garoto que fugiu de casa motivado pelo relacionamento conturbado com sua família e em dado momento dessa jornada recebe os conselhos de um anjo. Esse é, com certeza, um dos contos mais leves e misteriosos da coletânea que consegue misturar os dramas do cotidiano com algo sobrenatural.

Em “Golias”, Gaiman foi desafiado a criar um feature de Matrix que iria ser publicado no site da produção antes do lançamento do filme. Nele, conhecemos um humano com proporções diferentes dos demais que fica preso num looping de tempo e descobre que a nossa realidade é apenas uma ilusão gerada pela pequena parte do nosso cérebro que não está sendo explorada. Essa história foi para mim, uma das mais interessantes que me fez refletir sobre o fato de não estarmos completamente no controle de nossas próprias vidas.

Já em “O Monarca do Vale” somos apresentados a Shadow, o protagonista de Deus Americanos. A história se passa 2 anos após o término do livro onde o personagem é convidado a trabalhar como segurança de uma estranha e misteriosa festa em um dos vilarejos gelados e esquecidos da Escócia.

Gaiman tem um jeito bem interessante de contar suas histórias. Elas são imprevisíveis, empolgantes e nos envolvem facilmente, muitas vezes, ficamos com aquele gostinho de “quero mais”, diante de enredos que poderiam se tornar bons livros e roteiros de filmes!

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