Quando escolhi essa obra na livraria estava em busca de uma leitura suave. Estou lendo Maus uma HQ sobre o Holocausto e simplesmente não consigo avançar muitas páginas de uma só vez, por achar a trama muito densa.
Então, decidi buscar um livro que fosse completamente o oposto e Operação Perfeito foi uma escolha bem aleatória, apenas essa frase me chamou a atenção: Uma história sobre um segredo, um erro terrível e a natureza destrutiva da perfeição.
Eu esperava encontrar uma trama que abordasse o tempo e consequentemente, a perfeição inexistente que buscamos. Talvez, quisesse uma história que pudesse tratar de duas questões que frequentemente me incomodam e ter encontrado qualquer coisa menos isso, com certeza, contribuiu para aumentar a minha decepção com o livro.
Parte da história se passa em 1972 quando foi anunciado que dois segundo iriam ser acrescentados ao tempo. O fato que causou tanto espanto para o garoto Byron mostrou-se realmente desastroso e a sua vida mudou completamente nesse pequeno e imperceptível momento.
É justamente nesses dois segundos extras que o garoto presencia um acidente de carro causado pela mãe, porém, Diana passa a agir como se nada tivesse acontecido e quando os questionamentos sobre o ocorrido tornam-se insuportáveis demais para serem guardados só para si, o garoto solicita ajuda a James, o seu melhor amigo, e juntos iniciam a Operação Perfeito, que consiste numa série de ações com o objetivo de investigar e solucionar o caso.
A outra parte da trama passa-se nos dias atuais e acompanhamos parte da história e cotidiano de Jim, um sujeito de meia idade e alguns distúrbios comportamentais e TOC. Seu passado nos é revelado gradativamente e ao longo da trama vamos conhecendo os fantasmas de seu passado e o que o levou a passar grande parte de sua vida em Instituições Psiquiátricas.
Tendo como plano de fundo o mesmo cenário, percebemos como o garoto Byron e Jim enxergam a charneca, as construções, as contradições e a beleza da cidade londrina nas diferentes épocas em que se passam as histórias até que os enredos possam finalmente se encontrar e revelar os laços que os unem.
A leitura é bem simples, mas o livro demora a engrenar e mesmo quando isso acontece ficamos presos a uma trama que parece não ter muito fundamento ou importância. O fato central da história não adquiriu um significado real para mim o que dificultou o meu envolvimento.
Por se tornar a maior vítima do acidente que ela mesma causou Diana Hemmings adquire grande destaque no decorrer dos capítulos e a sua rotina antes totalmente focada nas crianças começa a se alterar ao iniciar uma amizade destrutiva com o objetivo de recompensar todos os danos causados.
Seymor, o pai, passa a maior parte da história ausente e é representado como uma figura opressora que fornece a família uma ótima condição de vida, mas falha miseravelmente quando o assunto é o amor.
Operação Perfeito nos fornece uma história “OK”. Não é de todo ruim, mas não empolga ou impressiona. Seus personagens apesar de bem construídos não conseguiram me causar empatia e alguns desfechos se mostraram superficiais ou previsíveis.
Vocês já leram esse livro? Também tiveram essa impressão negativa? Me contem nos comentários! Beijos e até a próxima!
Oiê
Bom ver que não fui o único que torceu o nariz para esse livro, alguns meses antes eu li A Improvável Jornada de Harold Fry, da mesma autora, e me encantei, se tornou um dos meus livros favoritos, então fui atrás de alguma outra obra dela. Encontrei esse livro e fui cheio de expectativas, mas o tombo foi grande
Também não funcionou para mim haha não conhecia A Improvável Jornada de Harold Fry, vou procurar! Quem sabe eu gosto também, né?
Um beijo