Se tem uma coisa que as parcerias com editoras nos proporciona é a possibilidade de ter acesso a livros que normalmente não leríamos! Fiquei conhecendo Nossas Horas Felizes através do catálogo de novidades do Grupo Editorial Record. Gong Ji-Young é uma autora sul coreana com mais de 10 milhões de exemplares vendidos no mundo e nessa história conhecemos duas pessoas de realidades extremamente diferentes, mas que compartilham de um mesmo anseio: a morte.
Yujeong é uma mulher na casa dos 30 anos que ainda não se encontrou na vida. Presa aos traumas do passado e se recuperando de sua terceira tentativa de suicídio, a jovem tem a oportunidade de conhecer um preso no corredor da morte a convite de sua tia freira, que como parte do seu trabalho voluntário, faz visitas semanais aos condenados.
Quando a tristeza é revelada, ela contém algo misterioso, sagrado e urgente, uma coisa completamente pessoal e, ao mesmo tempo, uma chave que abre as portas trancadas do desconhecido.
Yunsu é apenas mais um preso agressivo, condenado a morte por cometer um crime hediondo. Em sua primeira visita a prisão Yujeong se depara com um homem que parece não estar arrependido de seus crimes, que apesar de usar grilhões em praticamente 24 horas de seu dia, ainda consegue sustentar um sorriso debochado e um olhar ameaçador.
A grande proposta do livro é mostrar que mesmo duas pessoas em realidades completamente diferentes podem se sentir igualmente despedaçados, compartilhando de traumas e situações de abuso tanto físicos quando psicológicos.
Quando alguém diz que quer morrer, o que realmente quer dizer é ‘Não quero viver dessa forma’. E não querer viver de uma certa forma na verdade significa querer viver melhor.
A empatia da Tia Mônica é algo que consegue nos contagiar. A freira já idosa se empenha ao máximo na tarefa de ajudar os presos a se redimirem de seus pecados e procura tornar a sua estadia na prisão um pouco mais suportável ao demonstrar grandes doses de compreensão e solidariedade.
A autora intercala os capítulos entre a narração do presente em primeira pessoa de Yujeong e as cartas que revelam todo o passado de Yunsu escritas na prisão. Sendo assim, ficou muito mais fácil criar empatia por ambos os personagens por nos compadecer com todo o sofrimento que passaram no passado. A autora não tenta justificar as atitudes de Yunsu por sua condição financeira ou classe social, mas alerta para o fato de milhares de crianças e adolescentes não terem oportunidades ou chances de ter uma vida digna, sendo muito mais fácil sucumbir as más influências.
Ser humano não quer dizer que mudamos ao encarar a morte, me diziam os olhos dela, mas, por que somos humanos, podemos nos arrepender de nossos erros e nos tornar novas pessoas.
Nossas Horas Felizes também aborda a questão do suicídio. Aprendemos com Yujeong a importância de ressignificar determinados fatos do passado, além de reconhecer o nossos traumas a fim de combatê-los. A conexão entre os dois protagonistas se fortalece a cada visita a prisão, e vemos como a empatia pode mudar completamente o nosso jeito de lidar com as coisas e pessoas ao redor.
Eu achei o livro bem interessante, mas devo admitir que a leitura é um pouco lenta, já que a história praticamente fica restrita a visita de Yujeong e Tia Mônica a prisão.
Vocês já devem ter percebido que eu sou completamente apaixonada por livros em edições caprichadas, né? Hoje em dia esse é um ponto que conta muito na hora em que vou investir em uma obra e muito me deixa chateada constatar que apesar de Nossas Horas Felizes ter uma história boa, a capa e a edição deixa o livro passar batido em qualquer livraria.
De qualquer forma fiquei bem feliz em conhecer a obra dessa autora sul coreana. Se você gosta de dramas que fala principalmente de perdão essa história é para você!
Título: Nossas Horas Felizes | ISBN: 9788501096678 | Ano: 2017 | Especificações: 280 páginas | Editora: Record
[Esse livro foi enviado pela Grupo Editorial Record]
Eu adoro a possibilidade de conhecer títulos novos e diferentes que eu normalmente não escolheria para comprar através das parcerias com as editoras. Na verdade é uma das coisas que mais me chama a atenção nessa dinâmica. Já conheci tantos autores e narrativas incríveis <3 Gostei bastante da premissa do livro! Fotos lindas como sempre <3 Um beijo :*
Sim, é uma possibilidade bem legal mesmo ♥
Que bom que gostou! ^^
Que história diferente Dai. Achei a premissa até bastante pesada, mas acho que leria sim. A capa realmente deixou a desejar… :/
Um beijo querida!
A capa deixou o livro bem apagadinho mesmo :(
Adorei as fotos! Fiquei com mt vontade de ler o livro por causa da resenha. Arrasou! Bjs
http://www.mayaravieira.com.br
Obrigada ♥ ♥
Eu adoro um drama, então com certeza iria amar esse livro.
Achei muito bacana a intercalação de formas de narração que fazem você ter empatia por ambos. A premissa da história me deixou bem curiosa.
Beijos
A leitura tem bastante drama, acho que você vai gostar! Sem contar que essa forma de narrativa ajuda muito no nosso envolvimento! Beijos!
Eu nao conhecia o livro, confesso que nao e muito meu estilo. Mas eu amei as suas fotos, com esse chazinho e tals.. amo ler um ambiente aconchegante assim. Meu livro favorito é uma serie chamada Cris Miller da Robin Jones Gunn, ja ouviu falar? Bjs
deboradahl.com
Que bom que gostou Debora <3 Essa eu não conheço, vou procurar para saber mais!
Beijos!!
Se eu visse esse livro numa livraria, provavelmente ele não me chamaria a atenção. Mais que isso, eu não teria nem ideia do que o livro se trata só de olhar a capa. O que é triste, porque a história parece bem interessante. Deve ser uma boa leitura, que sai um pouco da minha zona de conforto.
Beijos
Mari
http://www.pequenosretalhos.com
Sim é verdade, a capa é muito genérica mesmo! Mas a história chama a atenção :)
Definitivamente, vou querer ler este livro!!! Haha
Amei a resenha. Beijos! ♥
hahaha Que bom que gostou <3
Muito obrigada pela resenha ^^ Ganhei um dinheirinho de aniversário e estava em muita dúvida em quais livros(além de mangás) eu deveria gastá-lo! Vai fazer 2 anos que sou fã de dramas coreanos e procurava algum lançamento de lá aqui no Brasil e se achasse, se eu deveria comprá-lo! Este definitivamente entrou pro carrinho de compras kkk Agora fica a dúvida se compro “Pule, Kim Joo So” também kkkk
Ahhh fico muito feliz em saber que se animou com a leitura! Faz muito bem escolher direitinho as suas leituras, eu nesse ano de 2018 quero muito escolher melhor os livros que vou comprar/ler! Um beijo!